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Astro da NFL: O que revelou o cérebro de Aaron Hernandez

O jogador de futebol americano chocou os Estados Unidos ao mostrar a mente criminosa, cometendo um duplo homicídio cruel

Wallacy Ferrari
por Wallacy Ferrari
[email protected]

Publicado em 12/02/2023, às 21h00 - Atualizado em 16/03/2023, às 17h57

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Aaron Hernandez - Getty Images
Aaron Hernandez - Getty Images

Em 19 de abril de 2017, o mundo do futebol americano se chocava com o tenebroso fim de um daqueles que chegou a ser astro das ligas anteriores da NFL: o tight end Aaron Hernandez, que cinco anos antes jogou o Super Bowl, evento mais importante da modalidade, cometeu suicídio com apenas 27 anos.

O atleta, que já estava há dois anos em uma penitenciária cumprindo uma sentença de prisão perpétua, havia sido inocentado em 2012, quando fora suspeito de ser o autor dos disparos que mataram Daniel Jorge Correia e Safiro Teixeira Furtano.

No ano seguinte, no entanto, não conseguiu se livrar da justiça ao matar Odin Lloyd, com o corpo encontrado em um parque localizado a cerca de um quilômetro da mansão do jogador. Ao tirar a própria vida, ele deixou somente uma carta destinada à esposa, sem detalhes.

Aaron Hernandez em viatura / Crédito: Divulgação/Netflix

Com tamanha violência e mistério sobre a motivação dos crimes — todos justificados no tribunal como respostas a ataques sofridos por Aaron em brigas de boates e desentendimentos cotidianos —, dúvidas pairaram sobre a personalidade do ex-atleta. 

Contudo, ao ser encontrado sem vida em sua cela, seu corpo estava íntegro, não apenas possibilitando uma análise rica em detalhes para atribuir a causa do óbito, mas com seu cérebro disponibilizado para a ciência, buscando entender o que havia ocorrido com o principal órgão do crânio de um ex-atleta enaltecido pela saúde, mas que teve um fim longe da salubridade. Foi apontado um caso de Encefalopatia Traumática Crônica (ETC).

"A ETC é uma doença degenerativa que tem como gatilho inicial o trauma repetitivo em qualquer parte da cabeça", disse Paulo Caramelli, neurologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), à BBC em 2017. 

A doença resulta em transtornos que vão de agressividade a depressão. Também pode causar perda de memória e demência.

Cérebro aberto

Ao ter o cérebro aberto por especialistas em neurologia no Hospital da Universidade de Boston, uma grande operação secreta foi montada para que jornalistas e fãs não soubessem do deslocamento do órgão, horas após o falecimento, como informou a BBC.

O cérebro então foi fatiado em filetes de 1,3 centímetros até a metade e, ao chegarem no centro, se surpreenderam com espaçosas 'cavernas', cuja aparência estava longe de um cérebro saudável para alguém de 27 anos.

Numa escala de 1 a 4 de degeneração, o cérebro já atingia o estágio 3, visto, em média, em ex-jogadores de esportes de colisões abruptas, como boxe, pro-wrestling e o próprio futebol americano, mas quando os mesmos já possuem, em média, 56 anos, longe do auge físico como estava Hernandez ao cometer os crimes.

Mesmo assim, foi possível ver como a proteína tau, que encapa e protege o transporte de substâncias dentro da célula nervosa, matou várias delas pelo córtex frontal, justamente a parte do cérebro responsável pelos impulsos, inibição e tomada de decisões, ressaltou Caramelli ao veículo.

Com tal defasagem, a amídala, responsável pelo medo e ansiedade, também foi afetada, podendo apontar o quão vulnerável e insalubre o atleta estava não apenas no caso onde foi inocentado, em 2012, mas ao repetir o ato e balear um homem fatalmente em 2013.