Moradora do Alabama, nos EUA, é a primeira paciente a sobreviver mais de 65 dias com rim de porco transplantado, trazendo esperança para a medicina
Uma mulher de 53 anos alcançou um marco na medicina ao se tornar a receptora de órgão de porco com maior tempo de vida. Towana Looney, que vive no estado americano do Alabama, está há mais de 65 dias com um rim transplantado, superando os pacientes anteriores desse procedimento ainda experimental.
Em novembro de 2024, Looney foi a quinta pessoa no mundo a receber um órgão de porco geneticamente modificado. Hoje, ela se sente saudável e cheia de energia. "Eu sou uma supermulher", brincou em entrevista à Associated Press, mencionando que até ultraa familiares em caminhadas por Nova York.
O Dr. Robert Montgomery, da NYU Langone Health, afirmou que sua função renal está "absolutamente normal". Os médicos esperam que ela possa voltar para casa, em Gadsden, Alabama, dentro de um mês.
De acordo com o portal UOL, Looney esperava por um rim humano desde 2017. Em 1999, ela doou um de seus rins para a mãe e, anos depois, uma complicação na gravidez afetou seu rim que restava, levando-a a ar oito anos em diálise. Apesar da longa espera, não encontrou um doador compatível.
Até agora, apenas outros quatro americanos receberam órgãos de porcos geneticamente modificados: dois com corações e dois com rins, mas nenhum sobreviveu mais de dois meses. O sucesso do transplante de Looney traz otimismo para médicos e cientistas, que veem na modificação genética de porcos uma possível solução para a escassez de órgãos humanos.
