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Notícias / Paleontologia

Fóssil excepcional revela nova pista sobre a origem do voo nas aves

Pela primeira vez, cientistas identificam penas especializadas que conectam asa e corpo em um Archaeopteryx, sugerindo uma adaptação crucial

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 14/05/2025, às 15h12 - Atualizado em 17/05/2025, às 13h31

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Fóssil encontrado de Archaeopteryx - Divulgação/Delaney Drummond
Fóssil encontrado de Archaeopteryx - Divulgação/Delaney Drummond

Um novo fóssil surpreendentemente preservado do Archaeopteryx, revelado pelo Museu Field de Chicago, dos Estados Unidos, está lançando luz sobre uma questão antiga: como os primeiros pássaros aprenderam a voar?

O exemplar, o primeiro a exibir claramente penas terciais especializadas nos ossos do braço, oferece evidências convincentes de que esse dinossauro alado do período Jurássico tinha adaptações estruturais fundamentais para o voo ativo.

Essas penas criavam uma superfície aerodinâmica contínua entre a asa e o corpo, uma característica ausente em dinossauros emplumados incapazes de voar, que viveram na mesma época. A descoberta sugere que essas penas representaram uma etapa evolutiva crítica para a decolagem, preenchendo uma lacuna há muito debatida sobre as origens do voo nas aves.

"Acreditamos que o Archaeopteryx seja o primeiro dinossauro conhecido com capacidade real de voo", afirma a Dra. Jingmai O’Connor, curadora associada do Museu Field, que liderou a análise. "Embora não tenha sido o primeiro a ter penas ou asas, estas novas estruturas mostram uma função aerodinâmica clara".

Detalhes

Descoberto originalmente há 160 anos, o Archaeopteryx há muito fascina cientistas por apresentar uma combinação única de características aviárias e dinossaurianas, como dentes afiados, uma longa cauda óssea e a famosa "garra da morte" no segundo dedo. No entanto, segudo o 'The Guardian', seu status como primeira ave voadora permanecia incerto, em parte porque outras espécies com penas não conseguiam voar.

As novas análises, feitas com tomografia computadorizada e luz ultravioleta, revelaram detalhes inéditos do fóssil adquirido pelo museu em 2022. Além das penas terciais, o estudo identificou traços de cinesia craniana — uma habilidade moderna das aves que permite ao bico se mover de forma independente do crânio — e escamas nas patas que sugerem hábitos terrestres com possível capacidade de escalada.

"Estas novas penas, juntamente com as já conhecidas penas assimétricas, confirmam que o Archaeopteryx podia realmente voar", comentou o Dr. John Nudds, paleontólogo da Universidade de Manchester, que não participou da pesquisa. A análise completa foi publicada na revista Nature.