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Cicero Moraes, que atua como designer 3D, reconstruiu o rosto a partir de um crânio encontrado em 1932 em Israel
No último sábado, 12 a revista OrtogoOnLineMag publicou o resultado da reconstrução facial de um Homo sapiens arcaico. As imagens foram obtidas por um designer 3D brasileiro, chamado Cicero Moraes, que trabalhou a partir de um crânio descoberto em 1932 no Monte Carmelo, em Israel.
Estima-se que o fóssil utilizado na pesquisa, nomeado Skhūl V, seja de 80 a 120 mil anos atrás, e que teria pertencido a um Homo heidelbergensis. Após ter sido descoberto por Hallam L. Movius, Jr. e Theodore McCown, ele foi objeto de múltiplos estudos durante os anos 1940, chegando a ser classificado como um Paleoanthropus palestinensis por um breve período.
Conforme repercutido pelo portal Galileu, o brasileiro explicou a classificação do Skhūl V em seu estudo:
A discussão acerca do que seria um humano moderno e um humano arcaico não conta com um consenso, de modo que pesquisadores procuraram classificar as características estruturais do crânio Skhūl V, comparando-os com humanos modernos e outras amostras do gênero Homo, como os heidelbergensis e neanderthalensis”, afirmou Moraes para a OrtogoOnLineMag.
Para realizar a aproximação facial, Moraes obteve o crânio digitalmente, tendo recebido duas mandíbulas e duas caixas cranianas, oriundas do perfil RLA Archaeology no site Sketchfab. Trabalhando com o software Blender 3D, o submódulo ForensicOnBlender e a extensão OrtogOnBlender, o brasileiro deu início a reconstrução.
Uma série de pontos anatômicos foram distribuídos ao longo das peças anatômicas, de modo a fornecer projeções relacionadas a estruturas do tecido mole e ósseo, baseadas em mensurações efetuadas em tomografias de indivíduos modernos de ancestralidades diferentes”, explicou Moraes ao OrtogoOnLineMag.
Depois disso, uma deformação no fóssil possibilitou a inserção de uma malha de tecido mole e do crânio de um doador sobre o Skhūl V. O designer finalizou com a modelagem do nariz, se baseando em tomografias de indivíduos vivos, além de adequar os lábios, olhos e orelhas. Pelos faciais e cabelo também foram inseridos, como mostra o vídeo divulgado por Moraes em seu canal do YouTube.
Cicero Moraes produziu duas categorias de imagens: artísticas e objetivas. As representações artísticas possuem características mais humanas, como coloração na pele, pelos faciais, cabelo e arcada dentária, resultando em uma sutil expressão facial.
Já as imagens objetivas expõem o que é anatomicamente correto, em um tom de sépia, pois a coloração exata do Homo sapiens é indefinida. A mesma incerteza pauta a ausência de estruturas como cabelo e barba.
Ainda que contenha elementos especulativos acerca da aparência do indivíduo, por se tratar de um trabalho que será apresentado ao público geral, fornece os elementos necessários para que e um aspecto facial vivificado, muito difícil de se viabilizar apenas com a exposição do crânio e pobre de apelo visual na imagem objetiva em tom sépia”, concluiu Moraes.