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Nova descoberta feita em Stuttgart, na Alemanha, revela mais detalhes sobre o uso da cavalaria pelo exército romano; confira!
Publicado em 19/04/2025, às 09h22
Recentemente, arqueólogos descobriram na cidade de Stuttgart, no sul da Alemanha, os restos mortais de mais de 100 cavalos da era romana enterrados no que pode ser um dos maiores cemitérios de cavalos de toda a Roma Antiga pela região. Os esqueletos foram encontrados durante obras no bairro histórico de Bad Cannstatt, e fornecem novos detalhes sobre o uso da cavalaria pelo exército romano, bem como a relação entre soldados e cavalos.
A escavação, motivada por um novo projeto habitacional da Sociedade de Habitação e Desenvolvimento Urbano de Stuttgart (SWSG), teve início em julho de 2024, e foi conduzida pelo escritório de arqueologia ArchaeoBW, sob a supervisão do Escritório Estadual de Preservação de Monumentos (LAD). Ao todo, foram descobertos mais de 100 esqueletos de cavalos do século 2, quando a região era um importante centro militar romano.
Segundo a arqueóloga chefe do LAD, Sarah Roth, em comunicado, os cavalos eram parte de uma unidade de cavalaria romana conhecida como "Ala", estacionada em Hallschlag entre os anos 100 e 150. "A tropa, com quase 500 cavaleiros, provavelmente tinha pelo menos 700 cavalos; as perdas precisavam ser constantemente repostas", pontua a pesquisadora.
O local de sepultamento, conforme repercute o Archaeology News, fica localizado a cerca de 400 metros do antigo forte de cavalaria, e cerca de 200 metros do assentamento civil romano mais próximo. Os animais estavam depostos em covas rasas, de lado, e com as patas dobradas ou estendidas.
Uma datação por radiocarbono ainda apontou que os cavalos foram enterrados ao longo do tempo, e não simultaneamente, como consequência de algum evento catastrófico. "Os cavalos não parecem ter morrido repentinamente devido a algum evento cataclísmico, como batalha ou epidemia. Em vez disso, morreram durante a presença da Ala devido a doenças, ferimentos ou outros motivos, ou não puderam mais cumprir seu dever como cavalos militares", complementa Roth.
Enquanto a maioria dos animais foi descartada aparentemente sem qualquer cerimônia, de maneira prática, sendo possivelmente puxados para fossas e enterrados sem muito cuidado, uma sepultura em especial chamou atenção. Nela, havia um cavalo enterrado com dois jarros e uma pequena lamparina a óleo, cuidadosamente colocados na curva de sua perna.
Esses artefatos, vale mencionar, são bens funerários típicos de sepultamentos humanos. Por isso, "aqui vemos um vínculo particularmente estreito entre o dono e o cavalo. Apesar da agem de cerca de 1.800 anos, a dor pela perda deste animal ainda pode ser sentida", pontua Roth.
Esse sepultamento em específico chama atenção, por mostrar que pelo menos um antigo soldado romano não via seu cavalo como um mero equipamento militar, mas sim como um bom companheiro.
Além disso, também chama atenção no cemitério de cavalos a descoberta de um esqueleto humano, de um homem adulto ali depositado de bruços e sem qualquer pertence funerário. O sepultamento em meio a restos de cavalos e distante do cemitério humano sugere, segundo os arqueólogos, que ele pode ter sido excluído socialmente, ou alguém que não era considerado merecedor de um enterro digno.
Vale mencionar que a primeira vez que restos de cavalo foram desenterrados na área foi em 1920, de forma que já se pensava que ali poderia haver um cemitério de cavalos do período romano. Porém, as novas descobertas sugerem ainda uma narrativa mais complexa sobre a logística militar, o manejo de animais e a relação entre humanos e cavalos no mundo romano.
Agora, novos estudos do local buscam identificar a idade, o sexo, o tamanho e a saúde dos cavalos no momento da morte, a fim de descobrir mais sobre como os animais eram usados, alimentados, criados e cuidados. Os pesquisadores também pretendem determinar que os primeiros cavalos foram importados de outros lugares, ou criados ali.