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Notícias / Ciência

Após 50 anos da infecção, mulher morre vítima de doença rara nos EUA

A paciente, que havia recebido hormônio de crescimento humano entre 1971 e 1980, não apresentou sintomas por quase cinco décadas

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 24/05/2025, às 12h50

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Imagem meramente ilustrativa - Getty Images
Imagem meramente ilustrativa - Getty Images

Uma mulher de 58 anos morreu nos Estados Unidos após desenvolver sintomas neurológicos graves provocados por uma infecção rara causada por príons — proteínas anormais — recebidas décadas antes por meio de um tratamento hormonal. O caso foi descrito por médicos em um estudo publicado em 14 de maio na revista Emerging Infectious Diseases.

A paciente, que havia recebido hormônio de crescimento humano entre 1971 e 1980 como parte do tratamento para uma condição chamada pan-hipopituitarismo, não apresentou sintomas por quase cinco décadas

No entanto, ela havia começado recentemente a sofrer tremores, dificuldades de equilíbrio e fala, respiração irregular e incontinência. Internada, entrou em coma e morreu dias depois.

Exames revelaram que a causa da morte foi a Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), um distúrbio neurológico raro, fatal e degenerativo, causado por príons que provocam a destruição progressiva das células do cérebro. Os sintomas geralmente se manifestam tardiamente e, uma vez iniciados, levam à morte em menos de um ano, segundo a Clínica Mayo.

Sobre a doença

Os príons são proteínas naturalmente presentes no corpo, mas quando sofrem alterações na estrutura e se dobram de forma incorreta, podem desencadear um efeito em cadeia que destrói tecidos cerebrais

Casos similares já foram registrados em pessoas que ingeriram carne contaminada com a forma bovina da doença — popularmente conhecida como "vaca louca".

Nos anos 1970, antes da existência de tratamentos sintéticos, hormônios de crescimento humano eram extraídos de glândulas pituitárias de cadáveres para tratar pacientes com deficiências hormonais. 

Em 1985, após os primeiros casos de DCJ relacionados a esses tratamentos, o uso desse tipo de hormônio foi suspenso nos EUA, sendo substituído por versões sintéticas produzidas por engenharia genética.

Desde então, cerca de 0,4% das pessoas tratadas com os hormônios naturais desenvolveram a doença. Ainda não se sabe exatamente como os hormônios foram contaminados nem por que o período de incubação durou várias décadas.

Atualmente, não há cura para doenças causadas por príons, mas estudos seguem em andamento. Os pesquisadores alertam que, embora os casos estejam se tornando mais raros, novos diagnósticos ainda podem ocorrer entre pessoas que receberam esses hormônios antes da suspensão do tratamento.