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Localizado na costa da Colômbia, o galeão espanhol San José é considerado o "naufrágio mais rico do mundo"; confira detalhes de moedas!
Publicado em 10/06/2025, às 10h28
Localizado na costa da Colômbia, o que é considerado como o "naufrágio mais rico do mundo" é o antigo galeão espanhol San José, um navio de tesouros que afundou em 1708 durante um duelo de canhões com navios de guerra britânicos. Recentemente, novos detalhes das moedas que compõem o tesouro foram identificados.
Conforme repercute o Live Science, o galeão estava carregado com até 180 toneladas de ouro, prata e pedras preciosas brutas quando afundou, de forma que o valor moderno de seu tesouro é estimado em até US$ 17 bilhões. Hoje, o governo colombiano espera recuperar alguns artefatos para expô-los em um museu dedicado, que ainda não foi construído; mas o governo espanhol contesta, afirmando que os destroços ainda são de propriedade da Espanha.
No novo estudo, publicado na revista Antiquity, foram utilizadas pesquisas da Marinha da Colômbia e de outras autoridades do país, além de incluir o estudo de imagens obtidas por veículos operados remotamente (ROVs) de dezenas de moedas que agora estão espalhadas pelos destroços, a uma profundidade de cerca de 600 metros.
Vale mencionar que o governo colombiano confirmou a localização de San José em 2015, o que chamou grande atenção internacional, tendo em vista o valor de seu tesouro. Por isso, agora há intensas disputas legais sobre quem tem o direito de recuperá-lo — mesmo que não se saiba nem mesmo se isso é possível.
O que a Colômbia espera é que parte do tesouro possa ser vendida para custear os trabalhos de recuperação de todo o navio, mas isso entra em conflito com a própria lei do país, que proíbe a venda de qualquer artefato histórico. Já a Espanha, reivindica o naufrágio e todo o seu tesouro, baseando-se na convenção internacional sobre o Direito do Mar, que estabelece que os destroços de embarcações pertencem à sua nação de origem.
Porém, a Colômbia não ratificou a convenção, e críticos à solicitação espanhola também apontam que a convenção busca proteger tecnologias modernas de navios de guerra, e não naufrágios com séculos de existência.
A partir de novas imagens obtidas com ROVs, os pesquisadores descrevem dezenas de moedas de ouro brutas — o número total ainda é desconhecido — em vários locais do naufrágio, sendo também cercadas por outros artefatos da carga, armas e até da vida cotidiana a bordo.
Para o estudo, foram utilizadas fotografias de alta definição, que permitiram um exame aproximado das moedas. Foi determinado que elas tinham um diâmetro médio de 32,5 milímetros, e um peso de cerca de 27 gramas.
Porém, o que mais chama atenção são os desenhos das moedas. Em um lado de várias delas, pode ser vista uma variação de uma cruz de Jerusalém — uma cruz grande cercada por quatro cruzes menores — e um escuro decorado com castelos e leões. No verso, há os "Pilares Coroados de Hércules sobre as ondas do mar", sendo as ondas exclusivas da Casa da Moeda de Lima, de acordo com o estudo.
Os pesquisadores também notaram que algumas das moedas possuem marcas distintivas marteladas no metal, como as marcas de um avaliador — especialista que testa a pureza do metal — da casa da moeda espanhola em Lima, no atual Peru, de 1707. Após cruzarem essas informações com registros coloniais, os pesquisadores puderam determinar com certeza que as moedas eram provenientes do naufrágio de San José.
Daniela Vargas Ariza, arqueóloga marítima da Escola de Cadetes Navais Almirante Padilla, na Colômbia, em Cartagena, e do Instituto Colombiano de Antropologia e História, em Bogotá, e principal autora do estudo, afirma que as moedas coloniais espanholas frequentemente eram cortadas de lingotes de ouro ou prata.
"Moedas cunhadas à mão e de formato irregular — conhecidas como cobs em inglês e macuquinas em espanhol — serviram como a principal moeda nas Américas por mais de dois séculos", explica ela, por fim, em comunicado.