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Com uma arquitetura única, a aldeia é totalmente interligada pelos telhados e pátios das construções que seguem o declive da montanha
"O pátio do edifício de cima é o telhado do edifício de baixo" é o ditado popular que define a arquitetura da vila de Masuleh. No norte do Irã, seguindo o declive da montanha, está a aldeia que, de acordo com o último censo conhecido, tinha uma população de 554 pessoas em 2006.
Além de ser extremamente antiga, com sua origem datando do ano 1006 d.C., Masuleh conta com uma característica intrigante: as construções foram feitas de maneira que a cidade ficasse interligada pelos telhados das casas. Há uma conexão direta entre os telhados das casas de baixo com os pátios das residências de cima.
A vila está a mais de mil metros acima do nível do mar, perto da costa sul do Mar Cáspio e nas encostas da serra de Alborz. A localização peculiar já indica que, embora curiosa, a arquitetura da região não foi ao acaso. Na verdade, ela representa o melhor que poderia ser feito para que pessoas morassem de maneira segura no local.
Muitos dizem que a cidade foi construída no século 10, mas historiadores apontam que a província de Gilan, onde Masuleh está localizada, possui uma história muito mais antiga. A seis quilômetros de onde está a vila atualmente, está a aldeia Kohneh Masuleh, considerada a antiga Masuleh .
A Old-Masuleh, como é conhecida desde então, se desenvolveu ao longo da importante Rota da Seda, o que fez com que ela se transformasse rapidamente em um centro comercial significativo para a região.
No ado, as pessoas começaram a se estabelecer no local a partir da descoberta de uma mina de minério de ferro. Essa nova possibilidade converteu a vila especialista em produtos desenvolvidos pela indústria siderúrgica.
Ainda que tenha se tornado um local próspero, problemas como um forte terremoto e uma epidemia violenta fizeram com que algumas mudanças fossem inevitáveis. Os moradores da cidade aram a habitar uma região próxima, a apenas alguns quilômetros.
Hoje, a versão mais antiga de Masuleh é apenas pedras, enquanto a aldeia atual apresenta construções curiosas que tornam a paisagem da região única. O modo de erguer as casas e a altura elevada em que elas se encontram foram decididas principalmente a partir das preocupações com o clima local.
A distribuição espacial da cidade está de acordo com cuidados necessários para se viver na região. Inundações, o frio extremo e a elevação da montanha foram avaliados para que as construções fossem executadas da maneira que observamos hoje, onde arquitetura e natureza coexistem impressionantemente.
Os responsáveis pelo belo visual da vila são seus próprios moradores, que entendem das necessidades de quem irá morar em tal território, contando ainda com a sensibilidade da tradição local para dar origem a uma paisagem notável. Eles usaram principalmente madeira, adobe e pedra como material para as residências.
O senso de comunidade da vila acontece naturalmente, já que não existem limites físicos claros entre os telhados e pátios das casas e os espaços públicos, que são ligados às residências a partir de becos e vielas que dão origem a jardins, por exemplo.
Por conta da arquitetura única, que faz o espaço público interligado e compartilhado, automóveis são proibidos. Assim, os pedestres podem se movimentar tranquilamente entre os telhados que funcionam como ruas.