{ "@context": "http://schema.org", "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "WebPage", "@id": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/el-hombre-controlador-del-universo-conheca-um-dos-afrescos-mais-impressionantes-de-diego-rivera.phtml" }, "headline": "Em 1933, Diego Rivera irritou a família Rockefeller ao retratar Lenin em um mural encomendado", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/el-hombre-controlador-del-universo-conheca-um-dos-afrescos-mais-impressionantes-de-diego-rivera.phtml", "image": [ { "@type":"ImageObject", "url":"https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Faventurasnahistoria.com.br%2Fmedia%2Fs%2Farte%2Fel_hombre_controlador_del_universo.jpg", "width":"1280", "height":"720" } ], "dateCreated": "2021-06-20T09:00:00-03:00", "datePublished": "2021-06-20T09:00:00-03:00", "dateModified": "2022-04-17T08:00:00-03:00", "author": { "@type": "Person", "name": "Izabel Duva Rapoport" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Aventuras na História", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://aventurasnahistoria.com.br/static/logo/ah.svg", "width":"120", "height":"60" } }, "articleSection": "Mat\u00e9rias", "description": "Criada em 1934, a emblemática obra retrata o confronto entre as dicotomias que compõem o universo ideológico do pintor mexicano" }
Criada em 1934, a emblemática obra retrata o confronto entre as dicotomias que compõem o universo ideológico do pintor mexicano
Um dos episódios mais polêmicos da vida do artista mexicano Diego Rivera (1886-1957) aconteceu em 1933, quando o magnata norte-americano John Rockefeller encomendou a ele um mural na entrada do principal edifício da família, o Rockefeller Center — um marco emblemático do capitalismo em Nova York.
Diego era comprometido com os valores políticos do comunismo, diferentemente de Rockefeller, que, embora estivesse disposto a aceitar a obra, se ofendeu com a figura de Vladimir Lenin na pintura e pediu que o substituísse por uma pessoa desconhecida.
O artista negou essa alteração e a família milionária destruiu o afresco, cujo tema era a encruzilhada da humanidade.
No ano seguinte, de volta ao México, Diegopintou o mesmo mural no Palácio de Belas Artes — parecendo até um prenúncio da Segunda Guerra Mundial, da polarização da Guerra Fria e dos dias de hoje.
Confira quatro detalhes sobre a composição do impressionante afresco.
Para entender o nome dado à obra, 'O Homem Controlador do Universo', basta olhar para o trabalhador sentado no centro da tela. Cercado por quatro formas elípticas (que representam a dinâmica planetária), ele parece operar o universo.
À esquerda do mural, há a imagem de um deus da mitologia grega com um rosário no pescoço. Logo abaixo, Charles Darwin (1809-1882), o pai da Teoria da Evolução, mostra o raio X de um crânio humano.
Juntos, demonstram a tensão entre ciência e religião. À direita, a estátua decapitada vira símbolo do poder absoluto destronado pelo poder
dos trabalhadores, que assistem à revolução.
De um lado, o capitalismo na visão de Diego Rivera: elementos que representam a religião, o evolucionismo, o confronto entre as classe sociais e o exército da Primeira Guerra (1914-1918).
Do outro lado, o comunismo como o artista imagina: a classe trabalhadora unida em torno de uma causa e sob a liderança de figuras como Karl Marx, Friedrich Engels, Leon Trotsky, Bertram D. Wolfe e Lenin.
Nas laterais do homem controlador do universo, e sob as elipses, estão duas cenas que se opõem: à direita, Lenin segura a mão de trabalhadores de diversas raças; já à esquerda, um grupo de mulheres carrega cartas e dinheiro, simbolizando os vícios e a corrupção ativa do sistema capitalista. Logo atrás delas, rola uma festa, com pessoas dançando, fumando e vestindo trajes sociais.