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Som peculiar vindo das profundezas da Fossa das Marianas foi explicado por pesquisadores após dez anos de mistério
Cientistas conseguiram, após uma década de mistério, identificar a origem de um som peculiar, apelidado de “biotwang”, que foi ouvido pela primeira vez nas profundezas da Fossa das Marianas, no oceano Pacífico, próximo às Filipinas.
O som, descrito como um grunhido seguido de um eco agudo e mecânico, intrigou os pesquisadores por anos. Agora, eles descobriram que o responsável é um grande animal marinho. A descoberta foi detalhada em um artigo publicado na revista Frontiers in Marine Science.
Identificar a origem de sons no oceano é um desafio, pois exige que o animal seja visto enquanto o ruído é captado. Segundo a oceanógrafa Ann Allen, da istração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), isso demanda tempo, esforço e sorte.
Foi exatamente o que aconteceu com sua equipe, que, durante um estudo sobre baleias nas Ilhas Marianas, no Pacífico Norte, avistou baleias-de-Bryde (Balaenoptera edeni) em dez ocasiões diferentes. Em nove delas, o misterioso “biotwang” foi ouvido, confirmando a fonte do som.
A baleia-de-Bryde é rara e difícil de observar, o que torna complexo o estudo de seus comportamentos. De acordo com a revista Galileu, com a confirmação, os pesquisadores decidiram revisar o acervo de áudios subaquáticos coletados nos últimos dez anos. Contudo, essa tarefa era extremamente complicada, já que o banco de dados da NOAA continha mais de 200 mil horas de gravações.
Foi então que uma parceria com o Google entrou em ação. A empresa utilizou ferramentas de inteligência artificial (IA) para transformar os sons em espectrogramas e treinar algoritmos capazes de identificar o "biotwang" em meio às gravações. Com a ajuda dessa tecnologia, os cientistas mapearam os locais e os períodos em que as baleias emitiram o som, revelando dados sobre seus padrões de migração.
Em 2016, por exemplo, durante o fenômeno El Niño, os pesquisadores notaram que muitos “biotwangs” foram registrados próximos ao Havaí, onde essas baleias costumam ir em busca de alimento em situações climáticas atípicas.
A expectativa é que, com o avanço dos modelos de IA, será possível rastrear os movimentos dessas baleias com mais precisão, ajudando na proteção da espécie e no entendimento de como as mudanças climáticas afetam o ecossistema marinho.