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O Metropolitan Museum of Art, em Nova York, devolveu ao Iraque três obras arqueológicas antigas que teriam sido saqueadas e traficadas ilegalmente
O Metropolitan Museum of Art (The Met), em Nova York, devolveu oficialmente ao Iraque três obras arqueológicas antigas que, segundo investigações recentes, teriam sido saqueadas e traficadas ilegalmente. A restituição foi anunciada nesta segunda-feira, 19, em um comunicado divulgado pelo museu.
As peças devolvidas incluem um vaso sumério de alabastro de gipsita, datado de cerca de 2600–2500 a.C., e duas esculturas cerâmicas babilônicas — uma cabeça masculina e uma feminina — produzidas entre 2000 e 1600 a.C. Todas foram associadas ao polêmico negociante britânico Robin Symes, falecido em 2023, que foi alvo de investigações por tráfico de antiguidades durante décadas.
O vaso, descrito como sendo sustentado por dois carneiros, apareceu originalmente no mercado de arte de Bagdá antes de ser adquirido pelo antiquário suíço Nicolas Koutoulakis em 1956, ando depois à coleção de Cecile de Rothschild.
Já as cabeças cerâmicas são atribuídas ao sítio arqueológico de Isin, na Mesopotâmia, e uma delas foi comprada diretamente pelo museu em 1972, enquanto a outra foi doada em 1989 pelo Norbert Schimmel Trust.
Todas as três foram apreendidas no início de 2025 pela unidade de tráfico de antiguidades da promotoria de Manhattan, após novas informações obtidas por meio da investigação sobre Symes. Segundo comunicado divulgado pelo gabinete do promotor, a apuração já levou à recuperação de 135 artefatos supostamente traficados por ele, avaliados em US$ 58 milhões (cerca de R$ 324 milhões).
A devolução foi realizada em uma cerimônia oficial no escritório do promotor em Manhattan, com a presença de representantes do museu e do governo iraquiano. Max Hollein, diretor e CEO do Met, disse em nota que o gesto é parte de um compromisso assumido pela instituição com a “aquisição responsável” e a “gestão compartilhada do patrimônio cultural mundial”.
Desde 2023, o museu tem intensificado sua política de revisão de procedência com a criação da Cultural Property Initiative, que prevê não só a contratação de novos pesquisadores especializados como também parcerias com governos estrangeiros e a publicação de informações sobre obras restituídas.
A postura mais ativa do Met também responde à crescente pressão pública e institucional por maior transparência nas coleções de museus ocidentais. Nos últimos anos, a instituição vem conduzindo repatriações para países como Grécia, Índia e Iêmen, além de atualizar etiquetas de objetos adquiridos na Europa durante a era nazista (1933-1945).
No caso específico do Iraque, a restituição de bens saqueados ganha contornos ainda mais sensíveis, dado o histórico de pilhagens sofridas pelo país ao longo do século XX e, especialmente, após a invasão americana em 2003, que resultou no desaparecimento de milhares de artefatos arqueológicos.
Em nota, o embaixador iraquiano nos Estados Unidos, Nazar Al Khirullah, destacou a importância da cooperação com o museu e com o gabinete do promotor de Nova York, classificando a devolução como um o essencial para a recuperação do patrimônio cultural do país.