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Análise de amostras da missão Chang’e-6 indica disparidade significativa no teor de água do manto lunar entre os lados próximo e afastado
Um estudo inovador, publicado na última quarta-feira, 9, na prestigiada revista Nature, revelou uma diferença notável na quantidade de água presente no manto da Lua entre os seus lados próximo e afastado. A análise de amostras de rochas trazidas pela missão lunar chinesa Chang’e-6 demonstrou que o hemisfério oculto, que nunca está voltado para a Terra, possui um manto significativamente mais seco em comparação com o lado que nos é familiar.
Os cientistas chineses responsáveis pela pesquisa descobriram que cada grama da espessa camada rochosa sob a superfície do lado afastado da Lua contém menos de 2 microgramas de água, o menor teor já registrado até o momento. Em contraste, estudos anteriores de amostras do lado próximo lunar indicavam concentrações de água no interior que podiam alcançar até 200 microgramas por grama.
"Atualmente, medimos o teor de água na região fonte do manto basáltico da Chang’e-6, e é aproximadamente inferior a 2 microgramas por grama. O resultado que obtivemos do lado próximo da Lua é de cerca de 7,5 microgramas por grama. Isso significa que o teor de água no manto do lado afastado da Lua é ainda menor do que no lado próximo", explicou Hu Sen, pesquisador do Instituto de Geologia e Geofísica da Academia Chinesa de Ciências, no comunicado.
A teoria predominante na comunidade científica global postula que a Lua se formou há cerca de 4,5 bilhões de anos, como resultado da colisão de um objeto do tamanho de Marte com a Terra. Acreditava-se que esse evento de impacto de altíssima energia teria causado a perda de água e outros elementos voláteis da Lua primordial.
Nas últimas duas décadas, um debate intenso se desenvolveu sobre a abundância ou escassez de água no manto lunar, a camada intermediária entre a superfície e o núcleo. Todas as estimativas publicadas até então eram baseadas em amostras coletadas exclusivamente no lado próximo da Lua.
A missão Chang’e-6, lançada no início de maio de 2024, fez história ao pousar na Bacia Aitken-Pólo Sul, localizada no lado afastado e menos explorado da Lua. A sonda retornou à Terra no final de junho com mais de 1.935 gramas das primeiras amostras já obtidas dessa região lunar.
As amostras lunares utilizadas neste estudo específico totalizaram 5 gramas, compreendendo 578 partículas com dimensões entre 0,1 e 1,5 milímetros. Essas partículas foram meticulosamente peneiradas e selecionadas manualmente, sendo que 28% delas eram fragmentos de basalto de mares lunares.
Segundo a CNN, a recém-descoberta disparidade no teor de água interno da Lua possui um significado profundo, podendo revolucionar a nossa compreensão sobre a formação e a evolução do satélite natural da Terra.
"A água na Lua de que estamos falando é principalmente água do interior da Lua, que está relacionada aos processos de sua origem, evolução e formação. A futura missão Chang’e 7 do nosso país se concentrará em questões relacionadas à água da superfície lunar", adiantou Hu.