Luis Elizondo, ex-diretor do Pentágono, revela, em novo livro, que dobras no espaço-tempo poderiam justificar as manobras impossíveis de UAPs
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 19/05/2025, às 14h40
O ex-diretor do Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP) do Pentágono, Luis Elizondo, afirma em seu novo livro que a teoria da relatividade de Albert Einstein pode oferecer uma explicação científica para os movimentos aparentemente impossíveis dos chamados UAPs (Fenômenos Anômalos Não Identificados), anteriormente conhecidos como Óvnis.
Na obra 'Iminente — Os bastidores da caçada do Pentágono a Óvnis', lançada no Brasil pela editora Harper Collins, Elizondo argumenta que os UAPs podem estar utilizando dobras no espaço-tempo — conceito central da relatividade geral — para desafiar as leis da física como conhecemos, incluindo a gravidade e os limites da velocidade da luz.
Foi apenas com Einstein que aprendemos que a gravidade é muito mais do que uma força de atração: é uma dobra no próprio espaço-tempo", diz um trecho da obra.
Segundo Luis, os registros do Pentágono mostram que os UAPs frequentemente demonstram comportamentos incompatíveis com qualquer tecnologia aérea conhecida — mudanças bruscas de direção, ausência de propulsão visível e acelerações instantâneas.
Isso, segundo ele, pode ser explicado pela hipótese de que tais objetos criam "bolhas" no espaço-tempo, conceito explorado também na ficção científica, como na série 'Jornada nas Estrelas'.
Segundo a CNN, a teoria é sustentada pelas pesquisas do físico Harold "Hal" Puthoff, que sugere que tais dobras permitiriam que o tempo fluísse de maneira diferente dentro dessas bolhas, possibilitando velocidades e manobras incompreensíveis para nossos padrões tecnológicos.
"Sabemos que o espaço-tempo é flexível, e em alguns casos extremos, como buracos negros, pode ser inimaginavelmente espremido e distorcido", afirma outro trecho do livro.
Elizondo ainda levanta a hipótese de que os UAPs estariam ligados a fontes de energia nuclear e a grandes corpos d’água. Relatos documentados apontam que avistamentos costumam ocorrer com mais frequência em torno de instalações nucleares ou embarcações movidas a energia atômica.
UAPs e água são como waffles e xarope de bordo: onde está um, está o outro", escreve.
O livro também revela que o AATIP chegou a planejar uma operação militar secreta para tentar atrair e estudar UAPs. Batizada de Operação Intruso, a ideia era reunir um arsenal de embarcações e ogivas nucleares em uma área do Oceano Atlântico, criando uma "pegada nuclear irresistível" para possíveis visitantes extraterrestres.
Dispositivos secretos de coleta de dados seriam então ativados para tentar registrar ao máximo as interações.
