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Em novo estudo, cientistas japoneses desenvolveram técnica para transformar cigarras em 'alto-falantes' através de estímulos elétricos; entenda!
Publicado em 14/05/2025, às 11h00
Recentemente, cientistas da Universidade de Tsukuba, no Japão, chamaram atenção ao desenvolver uma técnica inusitada que transforma cigarras em "alto-falantes". Para isso, os pesquisadores combinaram natureza e tecnologia através de estímulos elétricos, no que pode ser uma técnica revolucionária para situações de emergência.
O estudo, conforme repercute o UOL, utilizou interface híbrida entre insetos e computadores, no campo chamado de "Alto-falante Híbrido Inseto Computador", que se utiliza da Estimulação Elétrica Muscular (EMS) para controlar os músculos responsáveis pelo canto das cigarras. Com isso, os pesquisadores conseguiram gerar sons controlados, com diferentes tons e frequências.
No experimento, foram utilizados machos da espécie Graptopsaltria nigrofuscata, uma cigarra de grande porte e comum no Japão, que tiveram eletrodos inseridos em seus abdomens, que os conectavam a um circuito que emite sinais elétricos. Esses sinais, por sua vez, ativam os músculos do tímbalo, região responsável pela produção de sons nas cigarras, de forma que se tornou possível controlar a intensidade e frequência do som emitido.
O que os pesquisadores notaram, é que é possível manipular as frequências dos cantos a partir da resposta dos insetos a diferentes estímulos. Foi possível alcançar frequências de Lá, a 27,5 Hz, até Dó, a 261,6 Hz. Inclusive, em vídeo compartilhado do experimento, foi possível recriar trechos de canções famosas com apenas isso, como "Canon", de Pachelbel.
Por fim, no estudo — publicado no arXiv de física —, os pesquisadores também identificaram a faixa de voltagem ideal para gerar sons com estabilidade e clareza.
No estudo, os cientistas destacam que a escolha da cigarra para o experimento não foi por acaso, tendo em vista o som alto e característico que o inseto possui, bem como o fato de ele contar com poucos músculos e órgãos internos próximos ao tímbalo. Dessa forma, os estímulos elétricos foram possíveis sem causar dano às cigarras.
Naoto Nishida, um dos pesquisadores envolvidos no estudo, pontuou que os animais não sofreram danos, e ficaram relativamente ilesos com os experimentos. Alguns, inclusive, foram soltos de volta à natureza logo após.
Sobre a importância do estudo, os cientistas sugerem que a nova técnica pode ser aplicada em situações emergenciais: "Nossos resultados apontam para o potencial de ferramentas de comunicação baseadas em insetos — mais leves, eficientes e duráveis que robôs convencionais. No futuro, esses dispositivos híbridos podem ser utilizados como recursos sonoros em situações de emergência, como desastres naturais".
Vale mencionar que já foi estudado anteriormente a possibilidade de controlar insetos por impulsos elétricos, porém, as pesquisas tinham outras finalidades. Na década de 1990, por exemplo, pesquisadores implantaram eletrodos nas antenas de baratas para aplicar-lhes choques que direcionariam seus movimentos, em um esforço para usá-las como robôs híbridos para aplicações de busca e salvamento.