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Forrest do Brasil utiliza mosquitos estéreis, não transgênicos, em controle natural
Em 2021, além do enfrentamento da Covid-19, o estado de São Paulo se confrontou com uma grave epidemia de Dengue. A secretaria estadual de Saúde computou, até outubro, 323.041 casos notificados.
Além da capital que viu os casos da doença aumentarem em 253% este ano, outros grandes municípios enfrentam situação crítica: São José do Rio Preto (31.101), Tatuí (26.042), Santos (14.014) e Piracicaba (13.765). Somente campanhas de conscientização e a aspersão de fumacê já demonstraram que não são suficientes.
Há novas tecnologias em curso para o combate às arboviroses provocadas pelo Aedes aegypti. Mas quantas delas são sustentáveis e não envolvem a própria população?
O Projeto Controle Natural de Vetores desenvolvido pela Forrest Brasil Tecnologia, com trabalho de cientistas brasileiros e israelenses, apresenta excelentes resultados.
A empresa é uma multinacional de biotecnologia avançada que busca soluções para combater os mosquitos vetores de patógenos causadores de doenças de grande impacto para a saúde pública.
O método é baseado na tecnologia TIE - utilização do Inseto Estéril -, em que os mosquitos são soltos de forma massiva. Os machos estéreis se acasalam com as fêmeas selvagens, que deixam de procriar, o que provoca uma imediata redução na infestação do mosquito e disseminação de doenças como a Dengue, Chikungunya, Zika e Febre Amarela.
O estudo é reconhecido pela comunidade científica internacional e foi publicado no Journal of Infectious Diseases, revista médica revisada por pares, editada pela Oxford University Press em nome da Sociedade de Doenças Infecciosas da América, principal referência na área.
A Secretaria de Saúde do Paraná também reconhece e aprova a tecnologia. E os resultados já são vistos. A mais recente utilização do método acontece na cidade de Ortigueira (PR).
O trabalho é realizado em parceria com a empresa Klabin e o município foi implantado em novembro de 2020. Em um ano a redução foi de 99% no número de larvas viáveis encontradas em campo.
Dados mais recentes mostram que a continuidade do trabalho fez com que, há dois meses, não fossem mais encontrados ovos e larvas na região. O número de pessoas doentes também caiu, de 120 para 5, quase 95%. Não foram registradas mortes.
"Neste momento de mudanças na dinâmica populacional, utilizar tecnologia e inovação é fundamental, pois as medidas de controle utilizadas atualmente são de certa forma pouco efetivas e de alto custo com baixo poder de prevenção", explica a epidemiologista Daniele Queiroz, coordenadora da Forrest, consultora da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), com especialização na Universidade Johns Hopkins, nos EUA.
Com o início da temporada das chuvas, o perigo da multiplicação dos Aedes aegypti é enorme. Isso porque, após aproximadamente 15h da postura, os ovos dos mosquitos conseguem resistir a longos períodos de baixa umidade, podendo ficar até 450 dias no seco.
A situação torna-se ainda mais perigosa diante de um aparente cenário de subnotificação, provocado até mesmo pela gravidade da pandemia da Covid-19.