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Os ativistas dizem que a operação para transportar pessoas “indesejáveis” para fora da cidade se intensificou;
Inúmeros moradores de rua foram retirados de Paris e arredores numa operação de "limpeza" antes dos Jogos Olímpicos, afirmam ativistas. Entre os deslocados estão idosos, famílias e crianças em situações precárias e vulneráveis, segundo o coletivo Le Revers de la Médaille, que representa 90 associações e divulgou um relatório nesta segunda-feira, 3.
A polícia também estaria reprimindo trabalhadores do sexo e toxicodependentes, retirando-os de redes onde recebiam cuidados de saúde e apoio essenciais. "A região da Île-de- foi esvaziada de algumas das pessoas que os poderes constituídos consideram indesejáveis", concluiu o coletivo.
Desde abril do ano ado, as expulsões e desmantelamento de acampamentos na cidade e arredores se intensificaram, deslocando 12.545 pessoas nos últimos 13 meses.
Paul Alauzy, da Médicos do Mundo, acusou as autoridades de "limpeza social" para que Paris "aparecesse sob a luz mais lisonjeira possível" durante as Olimpíadas. Ele relatou que essas pessoas seriam transportadas de ônibus para centros regionais temporários, uma solução de curto prazo.
Estão escondendo a miséria debaixo do tapete", disse ele. "Se esta fosse uma solução digna, as pessoas estariam lutando para entrar nos ônibus, mas não estão. Estamos tornando a vida impossível para essas pessoas e para aqueles que as apoiam", disse ele, conforme o The Guardian.
O coletivo afirmou que são necessárias pelo menos 20 mil casas na França, incluindo 7 mil na região de Île-de-, para uma solução de longo prazo para os desabrigados. A Câmara Municipal de Paris propôs um plano para fornecer 1.000 vagas urgentes, ainda não aprovado pelo prefeito.
O relatório descreveu a limpeza social como “o assédio, a expulsão e o desaparecimento de populações categorizadas pelas autoridades como indesejáveis nos locais dos Jogos. Esta limpeza baseia-se numa dupla abordagem: dispersão para evitar assentamentos informais visíveis e remoção das pessoas em situação precária que ocupam o espaço público diariamente. Embora estas políticas existam há anos, os Jogos Olímpicos funcionam como aceleradores."
Anne Hidalgo, prefeita de Paris, disse que a prefeitura tem solicitado ao governo um plano confiável para abrigar as cerca de 3.600 pessoas que vivem nas ruas da capital há anos. Ela insistiu que ninguém seria forçado a deixar a cidade.
"Estou zangada com o fato de isto ter sido transferido para a cidade, pois não é nossa responsabilidade e já fazemos mais do que nossa parte para encontrar alojamento urgente para pessoas vulneráveis. Todas as semanas colocamos famílias em casas", afirmou Hidalgo, conforme o The Guardian.
Em uma conferência de imprensa em abril, Pierre Rabadan, vice-prefeito responsável pelos Jogos Olímpicos, disse que o problema é o número de moradores de rua de Paris, e não os Jogos. Ele afirmou que as 300 pessoas transferidas da zona central de segurança são menos de 10% das que dormem nas ruas da cidade.
"Não se indignem com as pessoas sendo deslocadas por causa dos Jogos Olímpicos, mas sim com o fato de haver 3.600 pessoas dormindo nas ruas. Deveríamos ser capazes de encontrar uma solução digna para elas."
*Sob supervisão;